Árvores susceptíveis à queda e que devem ser evitadas na arborização urbana

As árvores nas cidades trazem vários benefícios à sociedade e ao meio ambiente. Porém, uma arborização com a utilização de espécies inadequadas ao espaço urbano, como as de porte muito grande ou susceptível aos ventos, pode trazer problemas, como a queda de árvores ou de grandes galhos, que causam prejuízos materiais e acidentes.
São vários os fatores que podem explicar a maior susceptibilidade à queda de uma árvore, como: a idade, a dimensão, a densidade da folhagem, a largura do fuste e a densidade da madeira das árvores, além de fatores como a construção de edifícios e pavimentos que causam a diminuição da camada superficial e a compactação do solo, diminuindo o volume de solo disponível para o crescimento das raízes1. O estado fitossanitário da árvore certamente também é de grande influência.


Foto de Marcelo Träsel
Um estudo2 foi publicado recentemente na Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana com o objetivo de avaliar os danos causados na arborização do Campus da Universidade do Estado de Santa Catarina, em Lages, após a ocorrência de uma tempestade severa.
As espécies que tiverem o número de árvores danificadas maior do que o esperado para uma distribuição aleatória e, portanto, consideradas susceptíveis à tempestade ocorrida foram: Cupressus lusitanica (Cipreste Portugues), Mimosa scabrella Benth. (Bracatinga), Tipuana tipu (Benth.) Kuntze (Tipuana), Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze (Araucária), Paulownia tomentosa (Thunb.) Steud. (Kiri) e Senna pendula (Willd.) H.S.Irwin & Barneby.
Como destacados pelos autores, o estudo considerou apenas a ocorrência de um evento de ventos fortes, o que limita a generalização dos resultados, de forma que serão necessárias avaliações futuras após outros eventos climáticos semelhantes para que se possa refinar o conhecimento sobre a suscetibilidade de espécies da arborização urbana. De qualquer forma, até a existência de estudos mais conclusivos, não é recomendado o uso das espécies supracitadas na arborização urbana.
Referências:
1OLIVEIRA, S.; LOPES A. Metodologia de avaliação do risco de queda de árvores devido a ventos fortes, o caso de Lisboa. In: CONGRESSO DA GEOGRAFIA PORTUGUESA, 6., 2007, Lisboa. Anais… Lisboa, 2007. p. 1-21.
2MOSER, P. ; SILVA, Ana Carolina da ; HIGUCHI, Pedro ; SANTOS, E. M. ; SCHMITZ, V. . Avaliação pós-tempestade da arborização do campus da Universidade do Estado de Santa Catarina em Lages, SC. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v. 5, p. 36-46, 2010.
fonte: dendrolab.wordpress.com